terça-feira, 27 de maio de 2008

GRUPO FAZ PROTESTO CONTRA A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA

Um grupo contrário aos estudos das células tronco embrionárias, fez nesta manhã de 3a. feira, uma manifestação em frente ao prédio do Tribunal.
Cerca de 20 pessoas, entre elas crianças( o que faziam essas crianças lá? Será que elas sabem quem as levou sobre o que protestam ?) participaram do protesto hoje.
Representantes de várias religiões e de entidades contra as pesquisas e contra o aborto( não está em jogo a questão do aborto) participaram do protesto.
Um padre distribuiu um vídeo com cenas de aborto, talvez para sensibilizar a comunidade, porque nas pesquisas, nunca foi falado ou feito aborto.
Esses pré-embriões nunca estiveram no interior de um útero, logo não houve aborto.

Para entenderem melhor a discussão:

O artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite as pesquisas com células-tronco embrionárias congeladas por mais de três anos e com autorização dos doadores dos embriões, fere a proteção constitucional do direito à vida e a dignidade da pessoa humana, segundo Cláudio Fontelles (ministro do supremo que pediu o ADIN), a vida humana começa com a fecundação.
O julgamento começou em março e foi interrompido por causa de um pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito.
Antes da interrupção, o relator da ação, Carlos Ayres Britto, e a ex-presidente do Supremo, Ellen Gracie, votaram a favor dos estudos.
Um dos principais argumentos dos opositores é que não há comprovação científica do resultado das pesquisas,
Para que pesquisas nos forneçam resultados, elas devem ser realizadas.
Ninguém sai por aí e diz eu vou descobrir a cura da AIDS, através de pesquisas com células tronco adultas. Apenas, o que fazemos é ter material para pesquisar, e através delas buscar alternativas de cura.

Outro argumento é que a vida humana existe a partir da concepção e que, portanto, os embriões não poderiam ser usados nos estudos.
Argumento que cai por terra, porque o que fazer com os embriões congelados? Joga fora?
A partir desse argumento deveria se questionar então: É lícito criar embriões para serem desprezados?
Paulo Fernando Melo, que coordena o Movimento Pró-Vida Família, classifica como uma “falácia” as afirmações que embriões congelados há três anos sejam inviáveis. “Não há dado científico que mostre que embriões congelados há três anos são inviáveis”, disse.
Sim. Mas não há evidências reais que embriões congelados há mais de três anos sejam viáveis. Aliás, quanto maior o tempo de congelamento, menores são as chances de tornarem-se viáveis.
Melo defende a criação de um cadastro nacional para adoção de embriões congelados.
E o Sr. Melo não se preocupa com a adoção de milhares de órfãos que estão nas ruas ou orfanatos precisando de um lar?
Hoje também será feita uma audiência pública na Câmara dos Deputados, promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Vida, o autor da ADIN que entrará em pauta na quarta, Cláudio Fonteles, vai participar do evento.

Agora só resta esperar que os Ministros do supremo tenham discernimento nas questões levantadas por esse pequeno grupo, que se diz a favor da vida, defendendo o desprezo de embriões, fazendo com que a vida que tanto defendem seja jogada no lixo.

Não podemos ficar na contra mão da história, 25 países realizam pesquisas com células tronco embrionárias, e nossas melhores mentes serão exportadas, dando a patente de suas descobertas a esses países.
Se um portador de qualquer doença degenerativa quiser depois um tratamento, terá que pagar muito caro para ter acesso à terapia.
Será que o governo vai subsidiar o tratamento que deverá ser importado?
Que prevaleça o bom senso. Esperamos que a mais alta corte do país pondere todas as questões, ou então que proponham um referendo, para o povo votar nesta questão tão polêmica.
Claro que antes de um referendo, a população deverá ser instruída sobre o que são células tronco, qual a diferença entre uma célula tronco adulta e uma célula tronco embrionária.
Qual o destino final dado aos embriões congelados.
Tudo deve vir à público, para que com conhecimento a população tenha condição de formar sua própria opinião.

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