sexta-feira, 17 de maio de 2013

CÉLULAS TRONCO - MAIS UM AVANÇO NAS PESQUISAS

           Shoukhrat Mitalipov e equipe,  da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon (EUA), conseguiram reprogramar células humanas adultas para que se tornassem células-tronco embrionárias, utilizarando uma técnica de clonagem semelhante àquela da ovelha Dolly (1996), retirando células da pele de um indivíduo e inserindo seu DNA dentro do núcleo de óvulos humanos.
           O desenvolvimento do óvulo gerou células-tronco embrionárias, ou seja, células com a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo humano, que acena com a possibilidade de tratamento para diversas doenças genéticas ou degenerativas, tais como Mal de Parkinson, esclerose múltipla, doenças cardíacas e lesões medulares.
          “Como essas células reprogramadas podem ser geradas com o material genético da célula de um paciente, não há preocupações quanto à rejeição em um transplante”,  afirma Mitalipov, autor do estudo, publicado nesta quarta-feira (15/05) na revista Cell.
          A técnica utilizada pelos pesquisadores é conhecida como "transferência nuclear de células somáticas".  Ao transferir o DNA de uma célula adulta para um óvulo não fertilizado, os pesquisadores dão origem a um processo de divisão celular que pode levar ao surgimento de um embrião com o mesmo genoma da célula doadora. 
          Na pesquisa atual, os pesquisadores pararam esse processo no estágio de blastocisto 
( estágio ainda inicial) quando estavam sendo produzidas as primeiras células-tronco.
           Cultivadas em laboratório, elas se mostraram tão versáteis quanto células criadas em embriões gerados a partir da fecundação natural. "Um exame completo das células-tronco criadas por essa técnica demonstrou sua habilidade de se converter, do mesmo modo que as células-tronco embrionárias normais, em vários tipos diferentes de células, incluindo as nervosas, do fígado e do coração", disse Mitalipov.
           A chave para o sucesso foi a descoberta de um modo de fazer com que os óvulos permanecessem em estado de metáfase (fase de seu processo natural de divisão celular), onde o material genético se alinha no meio da célula pouco antes de se dividir.
          "Por enquanto, ainda existe muito trabalho a ser feito para desenvolver tratamentos efetivos e seguros com essas células. Mas  nós acreditamos que esse é um passo significativo em direção ao desenvolvimento de células que possam ser usadas na medicina regenerativa", afirma Mitalipov.
          Vamos continuar torcendo para que todo o processo dê certo, para acabar de vez com a polêmica gerada em torno da obtenção de células-tronco embrionárias, até agora obtidas com a destruição do blastocisto.

Fonte: Cenário MT

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei ter feito um trabalho sobre celulas tronco,valeu prof