Shoukhrat Mitalipov e equipe, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon (EUA), conseguiram reprogramar células humanas
adultas para que se tornassem células-tronco embrionárias, utilizarando uma técnica de clonagem semelhante àquela da ovelha Dolly (1996), retirando células da pele de um
indivíduo e inserindo seu DNA dentro do núcleo de óvulos humanos.
O desenvolvimento do óvulo gerou células-tronco embrionárias, ou seja, células com a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo humano, que acena com a possibilidade de tratamento para diversas doenças genéticas ou degenerativas, tais como Mal de Parkinson, esclerose múltipla, doenças cardíacas e lesões medulares.
“Como essas células reprogramadas podem ser geradas com o material
genético da célula de um paciente, não há preocupações quanto à rejeição
em um transplante”, afirma Mitalipov, autor do estudo, publicado
nesta quarta-feira (15/05) na revista Cell.
A técnica utilizada pelos pesquisadores é conhecida como "transferência
nuclear de células somáticas". Ao transferir o DNA de uma
célula adulta para um óvulo não fertilizado, os pesquisadores dão
origem a um processo de divisão celular que pode levar ao surgimento de
um embrião com o mesmo genoma da célula doadora.
Na pesquisa atual, os
pesquisadores pararam esse processo no estágio de blastocisto
( estágio ainda inicial) quando estavam sendo produzidas as primeiras
células-tronco.
Cultivadas em laboratório, elas se mostraram tão versáteis quanto
células criadas em embriões gerados a partir da fecundação natural. "Um
exame completo das células-tronco criadas por essa técnica demonstrou
sua habilidade de se converter, do mesmo modo que as células-tronco
embrionárias normais, em vários tipos diferentes de células, incluindo
as nervosas, do fígado e do coração", disse Mitalipov.
A chave para o sucesso foi a descoberta de um modo de fazer com que
os óvulos permanecessem em estado de metáfase (fase de seu
processo natural de divisão celular), onde o material genético se
alinha no meio da célula pouco antes de se dividir.
"Por enquanto, ainda existe muito trabalho a ser feito para
desenvolver tratamentos efetivos e seguros com essas células. Mas nós
acreditamos que esse é um passo significativo em direção ao
desenvolvimento de células que possam ser usadas na medicina
regenerativa", afirma Mitalipov.
Vamos continuar torcendo para que todo o processo dê certo, para acabar de vez com a polêmica gerada em torno da obtenção de células-tronco embrionárias, até agora obtidas com a destruição do blastocisto.
Fonte: Cenário MT
Um comentário:
adorei ter feito um trabalho sobre celulas tronco,valeu prof
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